terça-feira, 26 de março de 2013

Como o Paraná Clube anulou o Coritiba

Paraná anulou Coritiba com formatação
ofensiva no Couto Pereira
Talvez nem os mais otimistas torcedores paranistas imaginavam ver o Paraná Clube atuando da forma que fez no primeiro tempo no clássico de domingo, no Couto Pereira. Desfalcado de Anderson, Gabriel Marques e Zé Luís, e com a notícia de que Toninho Cecílio, que tinha ido mal em jornadas anteriores, ia apostar novamente num 4-3-3, seria difícil acreditar. Ainda mais tendo laterais contestados e deficientes na marcação, um 2º volante que ainda não tinha mostrado a que veio jogando como 1º marcador no meio, além de dois garotos no ataque estreando em clássicos como profissionais. Isso sem falar no Coritiba, com orçamento superior, elenco estrelado e o diferenciado Alex.
Porém, o inesperado aconteceu. O desacreditado Paraná foi perfeito. Rolou até o popular ''nó tático'' de Cecílio em Marquinhos Santos. Carlinhos e Julio Cesar jogaram nas costas dos alas alviverdes, que não sabiam se marcavam os laterais paranistas, como manda o 3-5-2, ou pontas do Paraná. Além disso, os dois - abertos - deixavam a zaga de mano, com JJ Morales em cima do ultimo homem coxa, Pereira. Assim, Angelo e, principalmente Gilton, apoiaram com frequência.

Esquema 4-1-2-1-2 que colocou
o Coritiba no jogo novamente
Pelo meio, Alex não achou espaço entre Jr. Capixaba e Conceição, Borges entrou ainda no primeiro tempo e manteve o nível, ocupando Robinho na marcação também. Willian fechava o meio marcando Lucio Flavio, que abria muito bem os espaços. E o Paraná fez 2x0 logo no início, fora o baile.
No fim da primeira etapa, Marquinhos Santos tentou alguma coisa. Sacou Chico para entrada do meia Lincoln: fim do 3-5-2 para o 4-1-2-1-2, com Alex flutuando pelo meio como o extinto centroavante das antigas. Funcionou e o Coritiba empatou com dois cruzamentos pela esquerda da defesa paranista, em cima de Gilton. Só que Pereira aprontou e foi expulso.

Exposição alviverde sem recompor a
zaga após expulsão de Pereira
Atendendo ''pedidos'' de Lincoln e Alex, Marquinhos não fez nenhuma substituição. Não colocou nenhum zagueiro em campo, pois o Coritiba dominava naquele momento. Improvisou Willian na zaga com L. Almeida e abriu o time. Espaço esse que ficou claro quando o mesmo Willian errou na saída de bola e Rubinho, que tinha entrado para fechar o meio junto com Lúcio Flavio, dominou, avançou, pensou e, com toda calma e espaço, fuzilou Vanderlei. Placar final de 3x2 no que, para mim, foi o melhor jogo do Campeonato Paranaense até então.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Douglas Coutinho, Seu Douglas Coutinho!

Por Bruno Abdala

Falar sobre Douglas Coutinho hoje é muito fácil. Artilheiro do Campeonato Paranaense com 8 gols, autor de golaços contra J Malucelli e Paraná Clube, jogador de responsa... Além de ousado & alegre como todo bom fluminense nascido em Volta Redonda.

Porém, uma coisa me chama a atenção no atacante: A EXTREMA qualidade e maestria que  tem de colocar a bola onde o goleiro não chegará de forma nenhuma. A maior prova disso foi no último clássico envolvendo Paraná e Atlético na Vila Capanema. O jogo estava complicado para o Furacão, o Paraná vencia o jogo por 1 x 0 com gol de Reinaldo e dominava a partida... Aí apareceu Douglas Coutinho, aliás SEU Douglas Coutinho.. Um gol FANTÁSTICO de fora da área, chute colocado e forte sem chances para o excelente Luís Carlos, e não parou por aí: Após a jogada de Zezinho, Douglas saiu na frente do goleiro e com extrema frieza colocou pro fundo das redes para virar o jogo a favor do Furacão.
 
Douglas Coutinho, 19 anos, destaque do Furacão em 2013.
Artilheiro do Paranaense com 8 gols.  (Foto: Site Atlético)
A partir desse momento, tive a seguinte certeza: Esse moleque é diferenciado!

A última vez que tive uma impressão dessas com um jogador do Atlético foi em 2004 quando vi Jadson (hoje no São Paulo) fazer um lançamento de 50 metros no peito do Washington Coração Valente. Não tenho receio de dizer que: Coutinho será craque, jogará na Europa e, quiçá, vestirá a camisa da Seleção Brasileira.

Vale destacar o gol diante do J Malucelli no Ecoestádio também, meia lua em cima do zagueiro Diego Alemão e tapa na bola por cobertura tirando qualquer ação do goleiro Fabrício. Gols e jogadas de craque, de jogador que atua no campo com muita ousadia e alegria.

Coutinho ainda é menino (apenas 19 anos) e tem muito a aprender, porém, já pode-se afirmar que vai brigar por posição no time de cima. Será peça importante na equipe de Ricardo Drubscky nas competições nacionais que estão por vir.

Senhor Douglas Coutinho, continue assim! O senhor já caiu nos braços da torcida e tem tudo para cair nos braços dos amantes do futebol mundial.
 

sexta-feira, 22 de março de 2013

A cara de Felipão?

Felipão fez seu segundo jogo frente a Seleção Brasileira. Enfrentou a Itália nesse dia 21/03, na Suíça e, após abrir 2x0 no primeiro tempo (Fred e Oscar), cedeu o empate em 6 minutos na segunda etapa (De Rossi e Balotelli), fechando assim em 2x2 o placar. Nesse retorno, Scolari começa a dar cara ao time canarinho. Pelo menos de momento, não iremos retroceder para um 3-5-2. Entrevistas e formações testadas nos treinos e principalmente no amistoso, indicam que vamos com uma linha de quatro atrás e um volante fixo. Com Thiago Silva e Marcelo voltando de lesão, tivemos Dante e Filipe Luis na zaga e lateral esquerda, respectivamente. Fernando, do Grêmio, foi o cabeça de área marcador escolhido por ''Big Phil''. Com Hernanes saindo mais para o jogo, auxiliando Oscar na armação, Hulk aberto na direita e Neymar na esquerda. Fred era a referencia. 

Novo 4-2-3-1 com Neymar centralizado
Com esse desenho tático, o Brasil iniciou o amistoso frente a Itália. O esquema era parecido com o que Mano Menezes usava, até Felipão inverter as posições de Hulk, Oscar e Neymar. Hulk passou a jogar pela esquerda, Oscar caiu pela direita e Neymar ficou mais centralizado, com liberdade pra flutuar para todos lados. Saiu um pouco do óbvio, mas também fez com que os jogadores, principalmente Hulk, perdessem um pouco de suas melhores jogadas. Mesmo assim, os gols brasileiros saíram de um cruzamento vindo da esquerda de Filipe Luis e de uma arrancada espetacular pelo meio de Neymar, completa com uma assistência pra Oscar que fez a passagem pela direita. Importantes opções criadas por Felipão, que ainda tem Lucas e Ramires como opções para o meio, sem esquecer Ronaldinho.

Falando nisso... e Kaká?
Kaká entrou no decorrer da segunda etapa, no lugar de Oscar. Tinha responsabilidade de trazer a bola do meio e servir aos atacantes. Não funcionou. Kaká sente falta de ritmo. Correu, se esforçou e tentou criar, porém não é mais o mesmo. Tem sua liderança, tem historia, e eu ainda acho que pode vir a desequilibrar uma partida se estiver em forma e jogando em alto nível. Mas se funcionar realmente como Scolari falou, que ou é Kaká ou é Ronaldinho, hoje está mais para o craque do Atlético-MG do que para o reserva de luxo do Real Madrid.

quinta-feira, 7 de março de 2013

E vem aí o 2º turno.. expectativas?

Após 66 jogos e e 163 gols marcados, chegou ao fim o primeiro turno do Paranaense Chevrolet com o Coritiba se sagrando campeão de forma invicta. O campeonato também mostrou um Paraná Clube fortalecido e capaz de brigar pelo titulo, um Atlético desmerecendo o campeonato com um time B, um Londrina disposto a incomodar e também brigando pelo titulo. Mas e agora? O que esperar do segundo turno? Vem aí mais 166 jogos e o que podemos esperar? 

CORITIBA

Atletiba mostrou superioridade Coxa
Terminou o turno como campeão invicto, mesmo após jogo polêmico no Estádio do Café. Em 11 jogos, foram 8 vitórias e 3 empates, com 23 gols marcados. O time alterou altos e baixos em alguns jogos, começando de forma acelerada no primeiro tempo e claramente se poupando e diminuindo o ritmo no segundo. Conta com retorno de algumas peças importantes para esse outra metade do campeonato como zagueiro Emerson, os laterais Victor Ferraz e Dênis Neves, além do volante Sérgio Manoel. Falta realmente Marquinhos Santos encaixar o time no esquema que visualiza como ideal e fazer com que o time não oscile tanto dentro das partidas. Alex cada vez mais vai se readaptando ao futebol brasileiro. É favorito a conquista do segundo turno.

PARANÁ

Torcida compareceu bem a Vila Capanema
Após um começo empolgante o Tricolor patinou. Mesmo com um elenco limitado, e com peças de reposição muito abaixo dos titulares, o time de Toninho Cecílio seguiu com chances até a penultima rodada. Foram 5 vitórias, 5 empates e 1 derrota. Sim, o Paraná foi prejudicado pela arbitragem em alguns momentos, mas nada fora do comum no futebol. O time perdeu o foco após o jogo com o J. Malucelli, deu uma desanimada. Mas Toninho Cecílio também vem se mostrando meio perdido em alguns momentos. Erra nas escalações, substitui mal e até com certa incoerência. O Paraná tem uma boa base oriunda do ano passado. Não pode desperdiçar esse trabalho. Corre por fora na briga pelo 2º turno.

ATLÉTICO

Panorama do Janguito com bom público
Como disse no inicio, o Atlético está desprezando o campeonato. Coloca em campo um time B (Não é Sub-23), com jogadores inexpressivos, inexperientes e muito limitados. Claro que alguns nomes poderão ser usados no futuro. O problema maior é que estão sendo queimados precocemente sendo lançados na fogueira. Alguns garotos darão bons frutos, mas sendo lançados desta forma, vão se queimar e não irão dar certo como vários garotos de antigamente que hoje estão no time B. Ou vocês ainda acham que tem como insistir com Bruno Costa, Héracles e Renan Foguinho? É zebra para o disputa do turno.

LONDRINA

Mostrou um time muito coeso, entrosado e capaz de bater de frente com os favoritos da capital. Claudio Tencatti é um ótimo treinador, conta com bons jogadores como Wendel Borges, Bruno, Germano e o artilheiro do campeonato, Celsinho. Em 11 jogos foram 7 vitórias, 2 empates e 2 derrotas, para Paraná e Coritiba. Disputou o título até a ultima rodada e foi derrotado em jogo muito polêmico. Se não se abater pela perda e conseguir manter o equilíbrio emocional, pode brigar novamente pelo titulo. 

J. MALUCELLI E INTERIOR

O J. Malucelli teve bons momentos no campeonato, mas deixa a desejar nos momentos de decisão. Talvez por isso seus principais jogadores fracassaram quando tiveram oportunidades em times de grande expressão. Pode aprontar. Já no interior o Arapongas tem um time ajeitado, junto com o Operário. Os demais fazem aquela briga de foice, no escuro, para se livrar do rebaixamento. É o Campeonato Paranaense, que mesmo com muita polêmica envolvendo a arbitragem, estádios e jogadores de qualidade duvidosa, vai sobrevivendo. Vamos ver até quando.