terça-feira, 27 de abril de 2010

Enfim, acabou!

Felizmente chegou ao fim o famigerado e cansativo campeonato paranaense. Novamente sobre o regulamento do ‘’Super-mando’’ o campeonato teve um fim melancólico, sem despertar o interesse da torcida, nem investidores. Percebemos isso pela falta de placas publicitárias nos estádios. Mesmo com a RPC fazendo todo investimento na transmissão o campeonato não conseguiu empolgar. Ao longo dos 119 jogos, foram marcados 326 gols, uma média até razoável de 2,74 gols por jogo. Mais os quase três gols por jogo, não são reflexo da falta de emoção dos jogos. Salvo os clássicos, não me recordo assim de nenhum outro jogo que mereça ser mencionado por esse que vos escreve. No final, o balanço que fazemos é que com formulas mirabolantes de disputa como estas dos últimos anos, só esvaziam um campeonato que já foi um dos mais charmosos e atrativos do Brasil com vários clássicos espalhados pelo estado, mexendo com a população envolvendo todos em jogos memoráveis como o “Clássico do Café”, por exemplo, que era disputado por Grêmio Maringá e Londrina, que hoje nem disputam a primeira divisão do Paranaense. Voltando aos dias atuais, finalizamos com o Coritiba tendo o melhor ataque com 42 gols feitos, e a defesa do Atlético sendo a menos vazada com 13 gols. Na artilharia, dividiram o posto Bruno Mineiro do furacão, e Ariel do Coxa, ambos com 11 gols cada. No âmbito dos times, observamos um Atlético despreparado, sem um elenco qualificado para uma disputa de Série A, onde é sério candidato a repetir feitos de anos anteriores, figurando entre os desesperados na fuga do rebaixamento. O Coritiba se mostrou mais organizado, manteve a mesma base, se desfez dos jogadores problemas vindos do nordeste, e com uma diretoria com visão e pés no chão, encontrou a formula para atingir o objetivo que era resgatar seu torcedor. Resta agora ver como será esse inicio em Joinville na segundona. Já o Paraná Clube é um deus nos acuda mesmo. Salários atrasados, sem comando técnico, e jogadores de nível no mínimo duvidosos. A situação do time de vila Capanema se mostra cada vez pior. Torcer para que as novas parcerias tragam bons frutos para dar pelo menos um time digno ao tricolor, que a torcida tanto merece.

sábado, 24 de abril de 2010

O Título da sequência


O Coritiba sagrou-se campeão paranaense de 2010 sobre seu maior rival Atlético. Uma vitória incontestável por 2x0 sacramentou o que já era esperado pela maioria. Mais quais fatores foram predominantes para que esse título viesse de forma tão esperada? Bom, penso que primeiramente a manutenção do técnico Ney Franco foi um grande passo a frente para a recuperação do abalado alviverde após o rebaixamento.
Na sequência vem outro fator que tem extrema importância. A permanência daquela espinha dorsal que sentiu o rebaixamento e que se viu comprometida com o clube, a torcida e com os companheiros a reerguer o Coxa formada por Edson Bastos, Jéci, Leandro Donizete, Marcos Aurélio e Ariel, aliada a chegada de reforços de qualidade como Rafinha, e das gratas surpresas vindas da base como Marcos Paulo, Renatinho e Lucas Mendes nos mostrou desde as primeiras rodadas que o Coritiba trilhava o caminho certo, enquanto atleticanos trocavam de treinador, mudavam de esquema tático a todo jogo, e os paranistas não se encontravam de maneira nenhuma.
Ney Franco estabeleceu o 3-5-2 com esquema base, encontrou seu 11 ideal, e trabalhou muito bem as possíveis variações, e desfalques. O grupo do Coritiba então se mostrava unido, encorpado, conquistando novamente até o torcedor mais desacreditado pelos fatos negativos de meses atrás, inclusive com jogadores declarando que caso viesse o titulo, não gostariam de receber o prêmio, o famoso ‘’bicho’’.
Mesmo com a derrota para o Paraná na primeira fase, única durante todo o campeonato, não se abalou e conquistou o famigerado “super mando” num empate em 1x1 com o Atlético, dentro da Arena.
Com essa vantagem, apenas administrou os dois pontos conquistados para a segunda fase e finalizou a sétima partida consecutiva em casa com a vitória no grande clássico Atletiba.
O torcedor agora vai confiante para a Série B, acreditando que o Coritiba pode conseguir o acesso logo no primeiro ano. Já ao Atlético restou repensar se essa dependência excessiva de veterano Paulo Baier, que não repete as atuações do ano passado e vem sendo marcado individualmente, pode ser benéfica ao clube, pois a torcida não vai suportar mais um Brasileirão lutando para não cair para a segundona.